O presente blog traz a tona discussões sobre o tema segurança prisional. As amarras limítrofes impostas ao mister policial penal , hora atacada por teóricos anti- polícia, hora horrorizada pelos romancistas entusiastas da reinserção social, ainda esgarça todo o corpo prisional e desanima homens e mulheres comprometidos com a árdua tarefa. O nosso objetivo maior é debater a gestão de segurança prisional, numa visão moderna, sem improvisos, diagnosticando as disfunções e oferecendo propostas condizentes com a realidade.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


GRUPOS TÁTICOS PRISIONAIS: Uma questão reorganização

Wanderson Eustáquio Costa
Agente Penitenciário

Torna-se necessária a reorganização dos grupos táticos de escolta e intervenção, isso não significa  ''crescer''; falo em otimizar recursos e padronizar procedimentos operacionais, mas, antes e acima de tudo, falta uma política que os identifique como protagonistas da segurança prisional e lhes determinem um perfil, uma identidade institucional, um campo de ação.

Que pese a operacionalidade e a predisposição de seus integrantes, mas ainda não basta, para a construção de uma identidade que satisfaça o fim proposto.

A criação intempestiva de grupos táticos sem definição de campo de ação, sem equipamentos, sem treinamento, afeta diretamente os seus guerreiros - paira a sensação de ser mais do mesmo. Como manter a marca "tática" com modus operandi de convencionais? Ou o que é pior experimentar a trágica frustração: "ser sem ser".

Não muito raro, no afã de buscar conhecimento e valorização, muitos desses valorosos homens buscam treinamento em outras instituições, muitos aplicam recursos próprios, e nem sempre têm o retorno esperado. Isso traduz a ausência de formação continuada, e o que é pior, torna  evidente as disfunções e, conseguinte, a distância do grupo do mister princípuo: operações táticas.

Estamos diante de um mistifório de grupos táticos e/ou especiais, cada um com seu rito operacional próprio, enfim, não experimentam um protocolo de ações confiáveis  tradução sombria de uma gestão de segurança prisional ainda marcada  por enormes disfunções internas.

Enfim, não há que se falar em grupo tático sem a formação adequada, esse aliás, deveria ser facultativo a todos os agentes de carreira do sistema prisional e, seria muito salutar o edital de processo seletivo.



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