O presente blog traz a tona discussões sobre o tema segurança prisional. As amarras limítrofes impostas ao mister policial penal , hora atacada por teóricos anti- polícia, hora horrorizada pelos romancistas entusiastas da reinserção social, ainda esgarça todo o corpo prisional e desanima homens e mulheres comprometidos com a árdua tarefa. O nosso objetivo maior é debater a gestão de segurança prisional, numa visão moderna, sem improvisos, diagnosticando as disfunções e oferecendo propostas condizentes com a realidade.

sábado, 5 de novembro de 2011

Fardas ou uniformes ?

Por Wanderson Eustáquio Costa
Agente Penitenciário
wandersocope@oi.com.br

É muito usual a terminologia “farda” no meio prisional. Há um equívoco quando associamos o nosso uniforme ao pejorativo militar “farda”. Nenhuma instituição civil, exceto aquelas comandadas por militares, inscrevem em seus regulamentos, o vocábulo farda (ou fardamento).

É muito difícil para o homem de espírito militar entender o nosso raciocínio. Muitos não conseguem dissociar disciplina do militarismo, que não é o objeto do nosso ensaio, apesar de estar em curso por este autor.

A farda, como prefere os teóricos do sistema prisional, é termo usual do meio militar e jamais mencionado ou disseminado em instituições civis. É visível a obsessão amorosa do Sistema Prisional pelas práxis militares, pois busca o tempo todo espelhar-se em rituais militares, exceto no tocante a gestão organizacional destes, o que seria edificante.

Querem usar farda, sem ser militares. Querem usar cobertura militar (boina francesa), sem distinguir locais cobertos dos descobertos. Querem ser tudo, exceto um corpo civil organizado e sem amarras militares.

Em suma, a farda é uma vestimenta militar  é uma terminologia adotada pelos militares pátrios. Enquanto o uniforme, termo universal, é o mais apropriado para nosso contexto e não poderia ser diferente em razão do nosso papel social.
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